segunda-feira, 8 de março de 2010

Tipos de poluição


O termo poluição também pode se referir a ondas electromagnéticas ou radioactividade. Uma interpretação mais ampla do termo deu origem a como a poluição luminosa. No caso da poluição sonora, esta é o efeito provocado pela difusão do som em grande quantidade, muito acima do tolerável pelos organismos vivos, através do meio ambiente. Dependendo de sua intensidade causa danos irreversíveis em seres vivos. A Aviação civil é uma das maiores fontes de poluição sonora nas grandes cidades. Já a poluição visual, tem como efeito a sensibilidade dos olhos ao deparar-se com efeitos berrantes em materiais de divulgação.


Tipos:
• Poluição atmosférica
• Poluição hídrica
• Poluição do solo
• Poluição sonora
• Poluição térmica
• Poluição Luminosa
• Poluição visual
• Poluição das pessoas

Poluição e Impacte Ambiental


Por poluição entende-se a introdução pelo homem, directa ou indirectamente de substâncias ou energia no ambiente, provocando um efeito negativo no seu equilíbrio, causando assim danos na saúde humana, nos seres vivos e no ecossistema ali presente.
Os agentes de poluição, normalmente designados por poluentes, podem ser de natureza química, genética, ou sob a forma de energia, como nos casos de luz, calor ou radiação.
Mesmo produtos relativamente benignos da actividade humana podem ser considerados poluentes, se eles precipitarem efeitos negativos posteriormente. Os NOx (óxidos de azoto) produzidos pela indústria, por exemplo, são frequentemente citados como poluidores, embora a própria substância libertada, por si só não seja prejudicial. São classificados como poluentes pois com a acção dos raios solares e a humidade da atmosfera, esses compostos dão origem a poluentes como o HNO3 ou o smog.

domingo, 7 de março de 2010

Ancestral dos Golfinhos e dos Tubarões



A figura 1 ilustra uma possível relação filogenética entre diferentes vertebrados: um tubarão, um ictiossauro (réptil extinto) e um golfinho.

Morfologia da Lula Gigante


Morfologia do Tubarão


Morfologia do Cachalote (baleia)


Morfologia do Golfinho


Lula Gigante


A lula gigante (género: o Architeuthis) é uma espécie que vive nas profundezas e é da família Architeuthidae, representada por oito espécies. A lula gigante pode crescer até um tamanho tremendo: as estimativas recentes colocam o tamanho máximo em 13 metros no caso das fêmeas e 10 metros no caso dos machos, esta medida é tirada desde a barbatana caudal à ponta de dois tentáculos longos. O manto é de aproximadamente 2 metros de comprimento (mais para fêmeas, menos para machos), e o comprimento da lula excluindo os seus tentáculos é aproximadamente 5 metros. Houve reclamações informadas de espécimes que mediam até 20 metros mas nenhum animal de tal tamanho foi cientificamente documentado.
No dia 30 de Setembro de 2004, os pesquisadores do Museu de Ciência Nacional do Japão e a Associação de Observação de Baleia Ogasawara tomaram as primeiras imagens de uma lula gigante viva no seu habitat natural. Várias das 556 fotografias foram lançadas um ano depois. A mesma equipa com sucesso filmou uma lula gigante adulta viva pela primeira vez no dia 4 de Dezembro de 2006.


Morfologia e anatomia


À semelhança de todas as espécies de lulas, a lula gigante tem um manto (tronco), de oito braços, e dois tentáculos mais longos (os tentáculos conhecidos mais longos de qualquer cephalopod). Os braços e os tentáculos prestam contas da maior parte do grande comprimento da lula, tornando a lula gigante muito mais leve do que os seus predadores, as baleias de esperma (cachalote).
As superfícies interiores dos braços e tentáculos são alinhadas com centenas de xícaras de sucção sub-esféricas, 2 para 5 centímetros de diâmetro, cada um montado num talo.
A circunferência dessas ventosas é pontiaguda. A perfuração desses dentes e a sucção das xícaras serve para atar a lula à sua presa. É comum encontrar cicatrizes circulares das ventosas na cabeça ou perto da cabeça de baleias de esperma que atacaram a lula gigante. Cada braço e tentáculo são divididos em três regiões — carpus ("pulso"), manus ("mão") e dactylus ("dedo"). O carpus tem um grupo denso de xícaras, em seis ou sete linhas irregulares, transversais. O manus é mais largo, perto do fim do braço, e alargou as ventosas em duas linhas médias. O dactylus é a ponta. As bases de todos os braços e tentáculos são arranjadas num círculo que rodeia o bico parecido a um papagaio único do animal, como em outro cephalopods.
A lula gigante tem pequenas barbatanas no reverso do manto usadas para a locomoção. Como outro cephalopods, a lula gigante é propelida pelo jacto — empurrando água pela sua cavidade do manto pelo funil, com a pulsação suave e rítmica. Elas também podem mover-se rapidamente estendendo a cavidade para enchê-la da água, logo contraindo os músculos para ejectar água pelo jacto. A lula gigante respira através da utilização de duas grandes brânquias dentro da cavidade do manto. O sistema circulatório é fechado, o que é uma característica distinta dos cephalopods. Como outra lula, elas contêm a tinta escura usada para descoroçoar as presas.
A lula gigante tem um sistema nervoso sofisticado e o cérebro complexo, atraindo grande interesse de cientistas. Elas também têm os maiores olhos de qualquer criação viva excepto a lula colossal — mais de 30 centímetros de diâmetro. Os grandes olhos podem detectar melhor a luz (inclusive a luz de bioluminescência), que é escassa em águas profundas. Supõem-se que a lula gigante não consegue ver cores, mas elas podem discernir provavelmente pequenas diferenças no tom.
A lula gigante e alguma outra grande espécie de lula mantêm o poder de flutuação neutra através de uma solução de cloreto de amónio que flui em todas as partes do seu corpo e é mais leve do que a água do mar. Isto diferencia-se do método da flutuação usada pelo peixe, que implica uma bexiga de natação preenchida com gás.
Como todos os cephalopods, a lula gigante têm órgãos para orientarem o seu movimento na água. A idade de uma lula gigante pode ser determinada "pelos anéis de crescimento", semelhante à determinação da idade de uma árvore contando os seus anéis. A
maior parte do que é conhecido sobre a idade desta lula é baseado em estimativas dos anéis de crescimento e de bicos indigestos encontrados no estômago de baleias de esperma.


Tamanho


A lula gigante é o segundo maior molusco e o segundo maior de todos os invertebrados existentes. Só é excedido no tamanho pela Lula Colossal, Mesonychoteuthis hamiltoni, que pode ter um manto quase duas vezes maior.
O tamanho desta lula, na maior parte das vezes é exagerado, não atingindo esta nem o peso e nem o tamanho que descrevem.



Ciclo reprodutivo


Pouco é conhecido sobre o ciclo reprodutivo da lula gigante. Pensa-se que elas atingem a maturidade sexual aproximadamente 3 anos após o nascimento; os machos conseguem a maturidade sexual mais cedo do que as fêmeas. As últimas produzem grandes quantidades de ovos, às vezes mais de 5 quilogramas.
As fêmeas têm um único ovário no fim da cavidade do manto e ovidutos enrolados onde há a saída de ovos maduros pelas glândulas oviducais. Como em todas a, essas glândulas
produzem um material gelatinoso usado para guardar os ovos em conjunto uma vez que eles são postos.
No caso dos machos, como com a maior parte de outro cephalopods, o testículo único, posterior produz o esperma que se move num sistema complexo de glândulas que
manufacturam o spermatophores. Esses são fornecidos no saco alongar, ou o saco de Needham, que termina no pénis do qual eles são expulsos durante o acoplamento. O pénis tem mais de 90 centímetros de longitude, e estende-se desde o interior do manto.
A forma como o esperma é transferido para a massa de ovo é muito discutida. Pode ser transferido em sacos de spermatophores, chamado spermatângia, onde o macho injecta nos braços da fêmea. Isto é sugerido por um espécime feminino recentemente encontrado na Tasmânia, tendo uma pequena gavinha de subsidiária atada à base de cada braço.
Os jovens pós-larvais foram descobertos em águas superficiais da Nova Zelândia, e há planos para capturá-los mais e mantê-los em um aquário para aprender mais sobre a criação.


Ecologias
Alimentação


Os estudos recentes mostram que a lula gigante alimenta-se do peixe de mar alto bem como de outras espécies de lula. Elas, usando os dois tentáculos capturam a sua presa, agarrando-a com a ventosa dentada. Então elas trazem-na em direcção ao bico poderoso, e rasgam-na com o radula (língua com dentes pequenos). Acredita-se que elas são caçadoras solitárias.


Predadoras


O único predador conhecido de lulas gigantes adultas são baleias os cachalotes. Também se sugeriu que as baleias de piloto possam alimentar-se desta. Os jovens são alimentados por tubarões do mar profundos e peixes. Como os cachalotes estão na localização de lula gigante, os cientistas tentaram observá-los para estudar a lula.


Variedade e habitat


A lula gigante é muito comum, ocorrendo em todos oceanos do mundo. Elas são normalmente encontradas perto dos continentes e encostas de ilhas do Oceano Atlântico Norte, especialmente Terra Nova, Noruega, as Ilhas Britânicas do Norte, e as ilhas Oceânicas dos Açores e a Madeira, ao Atlântico do Sul em volta da África do Sul, Oceano Pacífico Norte em volta do Japão, Oceano Pacífico ao sudoeste em volta da Nova Zelândia e Austrália. Os espécimes são raros em latitudes tropicais e polares.


Espécie


A taxonomia da lula gigante, como em muitos géneros cephalopod, não foi resolvida. Mas propõem-se oito espécies:
• Architeuthis dux, "Lula Gigante da Atlântica"
• Architeuthis hartingii
• Architeuthis camélia
• Architeuthis kirkii
• Architeuthis martensi, "Lula Gigante do Pacífica Norte"
• Architeuthis physeteris
• Architeuthis sanctipauli, "Lula Gigante do Sul"
• Architeuthis stockii
É provável que nem todos sejam de espécies diferentes. Não existe alguma base genética ou física para distinguir-se entre elas. A raridade da observação de espécimes e a dificuldade extrema para observá-las vivas torna difícil o seu estudo.



Barra cronológica


Fundamento por Aristóteles, que viveu antes do quarto século antes de Cristo, já descreveu uma grande lula, à qual chamou teuthus, distinguindo-a da mais pequena lula, a teuthis.
Segundo, Pliny the Elder, vivendo antes do primeiro século A.C., também descreveu uma lula gigante na sua História Natural, com a cabeça "tão grande como um barril", braços com 9.1metros de comprimento e a carcaça que pesava 320 quilogramas.
Os contos da lula gigante foram comuns entre marinheiros desde tempos antigos, e podem ter levado à lenda norueguesa do kraken, um monstro do mar com tentáculos tão grande como uma ilha capaz de engolir e levar ao afundamento de qualquer barco. O Lusca do caraíba e Cila na mitologia grega também pode derivar de descobertas de lula gigantes. Também se pensa as pessoas confundiam por exemplo a serpente do mar com as lulas gigante, levando a erro.
Baseado no estudo de Steenstrup que escreveu um número de papéis na lula gigante no ano 1850. Ele primeiro usou o termo "Architeuthus" (isto foi a ortografia que ele escolheu) num papel em 1857. Uma porção de uma lula gigante foi segurada pela canhoneira francesa Alecton que em 1861 leva ao mais largo reconhecimento do género na comunidade científica. Desde 1870 para 1880, muitas lulas foram encalhando nas costas de Terra Nova. Por exemplo, um espécime lavado em terra no Dedal Faz Cócegas na Baía, Terra Nova no dia 2 de Novembro de 1878; informou-se que o seu manto fosse 6.1 metros de comprimento, com um tentáculo com 10.7 metros, e foi previsto como pesagem de 2.2 toneladas. Em 1873, uma lula "atacou" um ministro e um menino jovem num pequeno barco na Ilha de Sino, Terra Nova.
Não se conhece por que a lula gigante fica encalhada na terra, mas pode ser porque a distribuição de água profunda, fria onde a lula vive é temporariamente alterada. Muitos cientistas que estudaram a massa de lulas que encalharam acreditam que eles (são cíclicos e predizíveis). A duração entre os encalhamentos não é conhecida, mas foi proposta para ser 90 anos pelo especialista Frederick Aldrich. Aldrich usou este valor para predizer correctamente um entrelaçamento relativamente pequeno que ocorreu entre 1964 e 1966.
Em 2004, outra lula gigante, depois denominada "Archie", foi capturada na costa das Ilhas Falkland por um pescador com rede de arrasto. Ela tinha 8.62 metros de comprimento e foi enviada para o Museu de História Natural em Londres e foi estudada e conservada. Foi posta na exposição em primeiro de Março de 2006 no Centro de Darwin. O achado de um espécime tão grande, completo é muito raro, como a maior parte de espécimes estão em uma condição pobre, tendo sido levado morto em praias ou sido recuperado do estômago de cachalotes mortos.
Os pesquisadores empreenderam um processo esmerado para conservar o corpo. Foi
transportado a Inglaterra no gelo a bordo do pescador com rede de arrasto; então foi descongelado, que tomou aproximadamente quatro dias. A principal dificuldade foi que o degelo do manto demorou muito mais do que o dos tentáculos. Para impedir que os tentáculos apodrecessem os cientistas cobriram-nos em pacotes de gelo, e banharam o manto na água. Injectando a lula posteriormente com uma solução formol-salina de prevenir o apodrecimento. A criação está agora na demonstração a 9 metros de profundidade num tanque de vidro no Centro de Darwin do Museu de História Natural.
Em Dezembro de 2005, o Aquário de Melbourne em Austrália pagou AUD$100,000 (em volta £47,000GBP ou $90,000US) para o corpo intacto de uma lula gigante, conservada num bloco gigantesco de gelo, que tinha sido capturada por pescadores da costa da Ilha do Sul de Nova Zelândia naquele ano.
O número de espécimes de lula gigante conhecidos esteve perto de 600 em 2004, e os novos são informados cada ano. A pesquisa de um espécime Architeuthis vivo inclui tentativas de encontrar um jovem, se possível em larva. As larvas estreitamente parecem-se com aqueles de Nototodarus e Moroteuthis, mas são distinguidas pela forma do anexo de manto à cabeça, as ventosas de tentáculo, e os bicos.



Primeiras imagens de adulto vivo


A primeira imagem de uma lula gigante madura viva foi tirada no dia 15 de Janeiro de 2002, na praia Goshiki, Amino Cho, Residência Oficial dos Administradores de Quioto, o Japão. O animal, que mediu aproximadamente 2 metros de comprimento de manto e 4 metros no total de comprimento, foi encontrado perto da superfície da água. Foi capturado e atado a um cais, onde morreu durante a noite. O espécime foi identificado por Koutarou Tsuchiya da Universidade de Tóquio de Indústrias da Pesca. Ele está na exposição no Museu de Ciência Nacional do Japão.



Retratos culturais


A natureza elusiva da lula gigantes e a sua aparência horripilante estabeleceu firmemente o seu lugar na imaginação humana. As representações da lula gigante eram conhecidas das primeiras lendas do Kraken por livros como Moby-Dick e “Vinte mil Léguas Submarinas”, e em algumas séries televisivas.
Especialmente, a imagem de uma lula gigante trancada na batalha com um cachalote é muito comum, embora a lula seja, de fato, a presa da baleia e não um combatente igual.

Tubarão


Tubarão ou Cação é o nome dado vulgarmente aos peixes de esqueleto cartilaginoso pertencentes à super-ordem Selachimorpha.



História natural



Os tubarões fazem parte de uma família muito antiga de animais.
Os primeiros tubarões viveram no início do período Devoniano há aproximadamente 450 milhões de anos atrás, 200 milhões de anos antes do surgimento dos Dinossauros e os tubarões mudaram muito pouco desde então. Estes animais, sem grandes alterações na sua morfologia, o que sugere um bom nível de adaptação e evolução. Ocuparam diversos nichos ecológicos, desde os mares tropicais aos oceanos Árctico e Antárctico.
Existem hoje cerca de 350 espécies de tubarões, o número certo não foi ainda calculado pois os oceanos ainda não foram totalmente explorados. Em geral os tubarões preferem água mornas, o que os leva de encontro às praias que geralmente são repletas de banhistas.
Se virmos os seus ancestrais talvez achemos algumas diferenças, que eram os principais " adversários " dos répteis que começavam a habitar o ambiente marinho, os répteis marinhos. O problema de se falar em tubarões primitivos são seus fósseis, todos os tubarões são peixes cartilaginosos e para a cartilagem e mais difícil sofrer o processo de fossilização, tornando muito raro os restos fósseis de cartilagem de tubarões, já os dentes são comuns em achados fósseis. Mas como nada é impossível, vários fósseis de cartilagem de tubarões já foram encontrados e comparando os dentes deles com os dentes de tubarões actuais.
Estes seres providos de estrutura corporal hidrodinâmica são criaturas importantes em quase todos os ecossistemas marinhos. A quase totalidade dos tubarões é marinha, carnívora e pelágica, habitando águas costeiras e oceânicas da maioria dos mares e oceanos, quer na sua superfície, quer na sua profundidade.
São conhecidas cerca de 400 espécies em todo o planeta, cujos tamanhos podem variam entre os 0,10 m e os 18 m de comprimento.




Reprodução



A reprodução dos tubarões ocorre por fecundação interna, na qual o macho introduz o órgão reprodutor masculino no órgão copulador feminino da fêmea.
As fêmeas atingem, em geral, a sua maturidade sexual com maior tamanho do que os machos e normalmente procriam em todos os anos.
Nas espécies ovíparas, que correspondem a cerca de 20% do total, a fêmea realiza a postura dos ovos rectangulares, protegidos por uma membrana filamentosa, de modo a fixá-los ao substrato marinho.
Nas espécies ovovíparas - cerca de 70% -, o desenvolvimento dos ovos ocorre no oviduto da fêmea, sendo as crias expulsas já desenvolvidas.
Nas espécies vivíparas - cerca de 10% -, o desenvolvimento do embrião realiza-se internamente, com ligações placentárias, sendo as crias também expulsas já desenvolvidas.
A selecção natural dos tubarões inicia-se, nalgumas espécies ovovíparas e vivíparas, no próprio meio intra-uterino, através da prática do canibalismo. As crias que se formam primeiro - num número entre quatro a quinze - e providas de dentes afiados, ingerem, na sua vida uterina, os embriões em formação e, posteriormente, devoram-se umas às outros, sobrevivendo apenas as mais fortes e aptas.
Em Maio de 2007 provou-se que o tubarão pode se reproduzir assexuadamente. Esta situação é rara nas espécies selvagens.




Pele e escamas



A pele dos tubarões é protegida por escamas placóides, com dentículos dérmicos, que lhes conferem uma superfície muito áspera.
Possui ainda quimio-receptores, os quais possibilitam aos tubarões determinar se há substâncias nocivas na água, avaliar a salinidade e outros parâmetros químicos.




Visão



Alguns cientistas crêem que, como muitos outros peixes, os tubarões são míopes, estando a sua visão adaptada apenas para distâncias entre 2 e 3 metros, embora possa ser utilizada para distâncias de até 15 m com um menor grau de definição. Contrastando com essa informação, outros pesquisadores acreditam que a lente dos tubarões está fortemente suspensa por um ligamento dorsal, e fica normalmente fixada para a visão à distância; para a visão próxima ela é movida para frente pela tração de um pequeno músculo protrator, fixo à lente.
A abertura pupilar varia de circular a oval quando aberta. Na luz brilhante a pupila pode ser apenas um pequeno círculo ou fenda, que pode ser vertical ou horizontal. O seu olho possui uma camada reflectiva, a qual permite um aproveitamento superior da luminosidade em locais com pouca luz, como as águas turvas ou profundas e à noite.



Olfacto



O olfacto do tubarão é extremamente apurado, permitindo-lhes identificar substâncias bastante diluídas na água, como concentrações de sangue abaixo de 1 parte por milhão - o que equivale a perceberem-se de uma gota de sangue a 300 m de distância em pleno oceano. Por esta razão são por vezes designados como "narizes nadadores". Quando detectam o cheiro de sangue ou de corpos em decomposição, facilmente encontram o local de origem, utilizando principalmente o seu olfacto (ou a visão para distâncias inferiores a 15 m).




Audição



A sua grande sensibilidade às vibrações, provoca comportamentos semelhantes. O seu ouvido interno, responsável pelo equilíbrio e detecção das vibrações de baixa frequência, situa-se postero-superiormente ao olho. Possui três canais semicirculares e detecta vibrações a longas distâncias, podendo o tubarão se aperceber do som de um peixe a debater-se a uma distância de 250 a 650 m. Em conjunto com o olfacto, esta sensibilidade às vibrações, são os primeiros mecanismos utilizados na detecção de potencial alimentação. Uma vibração desconhecida, tanto pode provocar curiosidade como medo ao tubarão.




Linha lateral



As suas linhas laterais são também capazes de captar vibrações de média e baixas frequências, correntes, mudanças na temperatura e pressão da água, assim como localizar obstáculos e alimentos em águas turvas. Do mesmo modo, pode também detectar, pela turbulência causada, a aproximação de um inimigo de grande porte.




Ampolas de Lorenzini



A cabeça, especialmente ao redor do focinho, apresenta pequenos poros, denominados ampolas de Lorenzini. Estes receptores são sensíveis à temperatura, salinidade e pressão da água, com uma especial capacidade para detectar campos eléctricos muito subtis, gerados por outros animais. Podem, deste modo, detectar o batimento cardíaco de um peixe que esteja enterrado na areia, a alguns metros de distância. A capacidade de perceberem estas ligeiras mudanças na corrente eléctrica do ambiente, além de facilitar a caça às suas presas, possibilita-lhes a navegação em mar aberto durante as grandes migrações, guiando-se através do campo electromagnético da Terra.



Respiração e natação



A maioria dos tubarões, quando parados, não consegue bombear a água para as brânquias, de modo a respirarem. Necessitam, portanto, forçar a entrada da água pela boca, para que passe pelas brânquias e saia pelas fendas branquiais. Por outro lado, a ausência de bexiga-natatória, um órgão hidrostático existente noutros animais, dificulta a sua flutuação. Estas duas características são as responsáveis pela maioria dos tubarões nadar incessantemente, pois, se por algum motivo pararem, afundam e/ou morrem por asfixia. No entanto, algumas espécies conseguem permanecer paradas e deitadas no fundo do mar, inclusivamente dentro de grutas espaçosas.
A busca humana pelas barbatanas de tubarão, pode ocasionar a sua morte, pois sem as suas barbatanas o tubarão perde a sua hidrodinâmica.



Temperatura e hábitos de alimentação



Os tubarões, na sua maioria, são animais ectotérmicos, pelo que a temperatura do seu sangue é variável e dependente do ambiente externo. Muitos tubarões, apresentam um menor metabolismo, sendo mais lentos e com menores necessidades energéticas. Para manter a sua temperatura constante e um bom grau de actividade, dependem de águas tropicais quentes e das regiões costeiras. Alguns tubarões da ordem dos Lamniformes possuem a capacidade de conservar o calor metabólico e manter a temperatura de regiões importantes do corpo constantes através de adaptações anatómicas, mantendo a temperatura do corpo maior do que a da água.
O deslocamento natatorial constante origina um enorme gasto de energia e uma consequente necessidade em se alimentar constantemente. Devido a essa voracidade natural, algumas espécies limpam os oceanos ao comerem os animais feridos ou mortos, mesmo que em elevado estágio de decomposição. A quase totalidade das espécies também rouba as presas de outros tubarões, quando surge a oportunidade. Quanto às suas preferências alimentares, seguem uma dieta regular de peixes, crustáceos, lulas, polvos, tartarugas, raias e outros tubarões, sendo o canibalismo uma prática muito comum. A prática da caça é guiada e determinada basicamente pela combinação dos seus sentidos. No entanto, os padrões de comportamento na procura de alimento variam de forma substancial. Num padrão normal, os seus movimentos costumam ser lentos e determinados; outras vezes, são compulsivos e rápidos. Na realidade, estes padrões quanto à natação, aproximação e ataque final, variam de espécie para espécie e conforme as situações particulares.
A sua boca, em posição ventral, possui uma grande abertura, graças à inexistência de contacto rígido com o crânio. Os dentes, triangulares, afiados e extremamente eficientes para agarrar e cortar, não possuem raiz. São providos de várias fileiras de dentes de reposição, dispostas posteriormente à fileira que está em uso. Quando um dente é perdido, posterior move-se para ocupar o seu lugar. Algumas espécies não possuem os afiados dentes triangulares, essenciais aos predadores, dado terem-se adaptado a outras formas de alimentação.




Papel do tubarão no ecossistema



Os tubarões exercem duas funções primordiais no ambiente marinho. Como predadores situados no topo da cadeia alimentar, mantêm o controle populacional das suas presas habituais e são um instrumento da selecção natural, ao “predar” os mais lentos e os mais fracos.
Ao contrário da cadeia alimentar terrestre, na qual os herbívoros podem apresentar um porte maior que os carnívoros, a hierarquia nos oceanos é basicamente determinada pelo tamanho. Os estratos da cadeia alimentar são denominados de níveis tróficos. Quanto mais distante da base, a qual é formada pelos produtores primários, maior o nível trófico.
No final dos anos 80 do século XX, a pesca excessiva de algumas espécies de tubarão na Austrália, originou um aumento da população dos polvos, o que por sua vez, com os polvos a predarem as lagostas em quantidades acima do habitual, originou uma série crise na indústria da pesca da lagosta.
Por outro lado, quando os tubarões se alimentam de animais e peixes doentes, feridos ou mortos, contribuem para a manutenção da salubridade dos oceanos. Embora possuam um sistema imunológico primitivo, apresentam uma baixa incidência de doenças em geral, raramente contraem infecção após ferimentos graves e raramente desenvolvem neoplasias.

Cachalote


O cachalote Physeter macrocephalus é a maior das baleias com dentes bem como o maior animal com dentes actualmente existente, medindo até 18 metros de comprimento. Esta baleia tem como característica distintiva o facto de possuir na cabeça uma substância cerosa de cor leitosa, o espermacete. A enorme cabeça e a forma distintiva do cachalote, bem como o seu papel na obra Moby Dick de Herman Melville, levaram muitos a descreverem o cachalote como o modelo de baleia por excelência. O cachalote foi caçado nas águas dos arquipélagos portugueses da Madeira e Açores até 1981 e 1984 respectivamente.



Anatomia e morfologia

O cachalote é excepcional pela sua grande cabeça, sobretudo nos machos, correspondendo tipicamente a um terço do comprimento total do animal. Um dos nomes dados a esta espécie (macrocephalus) deriva do termo grego para cabeça grande. Contrastando com a pele suave da maioria das restantes baleias, a pele do dorso do cachalote apresenta geralmente protuberâncias. Apesar da sua cor uniformemente cinzenta, podem parecer castanhos à luz solar e há registos de cachalotes albinos brancos. O cérebro do cachalote é o maior e mais pesado de entre os cérebros de todos os animais (modernos ou extintos) conhecidos, pesando em média aproximadamente 7 kg num macho adulto.
O espiráculo situa-se muito próximo da zona frontal da cabeça e descaído ligeiramente para a esquerda, o que faz com que o sopro seja um tanto ramificado e inclinado para a frente. O cachalote não possui uma verdadeira barbatana dorsal, mas sim uma série de altos na zona caudal do dorso. O maior deles era chamado bossa pelos baleeiros e é muitas vezes confundido com uma barbatana dorsal devido à sua forma. A barbatana caudal é triangular e muito grossa.
Os cachalotes têm de 17 a 29 pares de dentes com forma cónica na mandíbula inferior, cada um com 8 a 20 cm de comprimento, podendo atingir os 25 cm e os 500 gramas de peso.[1] Cada dente pode chegar a pesar 1 kg. Não existem certezas relativamente à razão da existência dos dentes, mas sabe-se que muitos machos de cachalote apresentam cicatrizes aparentemente causadas por dentes de outros machos. A mandíbula superior também apresenta dentes, mas estes raramente se encontram visíveis.
Os cachalotes encontram-se entre os cetáceos mais sexualmente dimórficos (isto é, machos e fêmeas são bastante diferentes). Os machos são tipicamente 30% a 50% mais compridos (14 a 18 metros) do que as fêmeas (12 a 14 metros) e são cerca de duas vezes mais pesados (50 000 kg versus 25 000 kg das fêmeas). No momento do nascimento tanto machos como fêmeas têm cerca de 4 metros de comprimento e um peso aproximado de 1 000 kg.
Em consequência da intensidade da caça a que foram sujeitos ao longo de muitos anos, o tamanho dos cachalotes diminuiu significativamente, sobretudo porque os machos maiores foram mortos primeiro e de modo mais intenso, pois tinham mais espermacete (o óleo de espermacete era bastante valioso nos séculos XVIII e XIX - ver abaixo). Num museu de Nantucket, Rhode Island, existe uma mandíbula de um cachalote com 5,5 metros de comprimento. A mandíbula constitui cerca de 20 a 25% de comprimento total do cachalote. Assim, a baleia a que pertencia esta mandíbula pode ter medido 28 metros de comprimento, pesando cerca de 150 toneladas. Uma outra evidência do maior tamanho dos machos de cachalote no passado encontra-se no museu de New Bedford, Massachusetts. Trata-se de uma outra mandíbula de um cachalote macho com 5,2 metros de comprimento, que corresponderia a um animal de cerca de 25,6 metros de comprimento e um peso próximo das 125 toneladas. Além destas duas evidências, livros de registos encontrados naqueles dois museus estão cheios de referências a machos que tinham, considerando a quantidade de óleo deles obtida, aproximadamente o mesmo tamanho que os dois exemplares antes descritos. Actualmente os cachalotes geralmente não excedem os 18 metros de comprimento e as 52 toneladas de peso. Os maiores cachalotes observados actualmente são de tamanho comparável ao da baleia-comum (e menores que a baleia azul), o que torna o cachalote a segunda ou terceira maior espécie animal viva.
O cachalote é o exemplo típico de uma espécie que se crê ter-se desenvolvido sob condições ambientais muito estáveis. Esta evolução relativamente "fácil" conduziu a uma taxa de natalidade baixa, maturação lenta e grande longevidade. As fêmeas dão à luz uma vez cada quatro a seis anos, com um período de gestação de pelo menos 12 meses podendo atingir mesmo os 18 meses. As crias são amamentadas durante dois ou três anos. Nos machos, a puberdade dura cerca de dez anos entre as idades de 10 e 20 anos. Os machos mantêm-se em crescimento até cerca dos 50 anos de idade, altura em que atingem o seu tamanho máximo. Os cachalotes podem viver cerca de 80 anos.

Golfinho


Os golfinhos ou delfins são animais cetáceos pertencentes à família Delphinidae. São perfeitamente adaptados para viver no ambiente aquático, sendo que existem 37 espécies conhecidas de golfinhos dentre os de água salgada e água doce. A espécie mais comum é a Delphinus delphis.
São nadadores privilegiados, às vezes, saltam até cinco metros acima da água, podem nadar a uma velocidade de até 40 km/h e mergulhar a grandes profundidades. Sua alimentação consiste basicamente de peixes e lulas. Podem viver de 25 a 30 anos e dão à luz um filhote de cada vez. Vivem em grupos, são animais sociáveis, tanto entre eles, como com outros animais e humanos.
A sua excelente inteligência é motivo de muitos estudos por parte dos cientistas. Em cativeiro é possível treiná-los para executarem grande variedade de tarefas, algumas de grande complexidade. São extremamente brincalhões, pois nenhum animal, exceto o homem, tem uma variedade tão grande de comportamentos que não estejam diretamente ligados às atividades biológicas básicas, como alimentação e reprodução. Possuem o extraordinário sentido de ecolocalização ou biossonar ou ainda orientação por ecos, que utilizam para nadar por entre obstáculos ou para caçar suas presas.


Predadores


Os predadores dos golfinhos são os tubarões, as orcas e principalmente o ser humano. Os pescadores de atuns, costumam procurar por golfinhos, que também os caçam, ocasião em que ocorre um mutualismo. O golfinho encontra o cardume e os pescadores jogam as redes aprisionando os peixes e deixam os golfinhos se alimentarem para depois puxarem as redes. Desse modo, ambas as espécies se beneficiam do alimento. Porém muitas vezes os golfinhos acabam se enroscando nas redes, podendo morrer.



Alimentação


Os golfinhos são caçadores e alimentam-se principalmente de peixes e lulas, mas alguns preferem moluscos e camarões. Muitos deles caçam em grupo e procuram os grandes cardumes de peixes. Cada espécie de peixe tem um ciclo anual de movimentos, e os golfinhos acompanham esses cardumes e por vezes parecem saber onde interceptá-los, provavelmente conseguem estas informações pela excreções químicas dos peixes,
presentes na urina e as fezes.



Ecolocalização


O golfinho possui o extraordinário sentido da ecolocalização, trata-se de um sistema acústico que lhe permite obter informações sobre outros animais e o ambiente, pois consegue produzir sons de alta frequência ou ultra-sônicos, na faixa de 150 kHz, sob a forma de cliques ou estalidos. Esses sons são gerados pelo ar inspirado e expirado através de um órgão existente no alto da cabeça, os sacos nasais ou aéreos. Os sons provavelmente são controlados, amplificados e enviados à frente através de uma ampola cheia de óleo situada na nuca ou testa, o Melão, que dirige as ondas sonoras em feixe à frente, para o ambiente aquático. Esse ambiente favorece muito esse sentido, pois o som se propaga na água cinco vezes mais rápido do que no ar. A frequência desses estalidos é mais alta que a dos sons usados para comunicações e é diferente para cada espécie.
Quando o som atinge um objeto ou presa, parte é refletida de volta na forma de eco e é captado por um grande órgão adiposo ou tecido especial no seu maxilar inferior ou mandíbula, sendo os sons transmitidos ao ouvido interno ou médio e daí para o cérebro. Grande parte do cérebro está envolvida no processamento e na interpretação dessas informações acústicas geradas pela ecolocalização.
Assim que o eco é recebido, o golfinho gera outro estalido. Quanto mais perto está do objeto que examina, mais rápido é o eco e com mais frequência os estalidos são emitidos. O lapso temporal entre os estalidos permite ao golfinho identificar a distância que o separa do objeto ou presa em movimento. Pela continuidade deste processo, o golfinho consegue segui-los, sendo capaz de o fazer num ambiente com ruídos, de assobiar e ecoar ao mesmo tempo e pode ecoar diferentes objetos simultaneamente.
A ecolocalização dos golfinhos, além de permitir saber a distancia do objeto e se o mesmo está em movimento ou não, permite saber a textura, a densidade e o tamanho do objeto ou presa. Esses fatores tornam a ecolocalização do golfinho muito superior a qualquer sonar eletrônico inventado pelo ser humano.A temperatura dele varia com a da água 28 a 30 °C.



Sono


Os golfinhos por serem mamíferos e apresentarem respiração pulmonar devem constantemente realizar a hematose a partir do oxigênio presente na atmosfera, tal fato obriga os golfinhos e muitos outros animais aquáticos dotados de respiração pulmonar a subirem constantemente à superfície. Uma das consequências desta condição é o sono baseado no princípio da alternação dos hemisférios cerebrais no qual somente um hemisfério cerebral torna-se inconsciente enquanto o outro hemisfério permanece consciente, capacitando a obtenção do oxigênio da superfície.



Géneros e espécies


Nota: Alguns membros da família dos golfinhos são designados popularmente como baleia ou boto; por outro lado, há golfinhos que não pertencem à família Delphinidae, como por exemplo o golfinho do Ganges.


Cephalorhynchus
o Golfinho-de-commerson, Cephalorhynchus commersonii
o Golfinho-chileno, Cephalorhynchus eutropia
o Golfinho-de-heaviside, Cephalorhynchus heavisidii
o Golfinho-de-hector, Cephalorhynchus hectori
• Steno
o Golfinho-de-dentes-rugosos, Steno bredanensis
• Sousa
o Golfinho-corcunda-do-atlântico, Sousa teuszii
o Golfinho-corcunda-do-índico, Sousa plumbea
o Golfinho-corcunda-indopacífico, Sousa chinensis
• Sotalia
o Boto-cinza, Sotalia fluviatilis
• Tursiops
o Gofinho-roaz, Tursiops truncatus
o Golfinho-flíper-comum, Tursiops aduncus
• Stenella
o Golfinho-pintado-pantropical, Stenella attenuata
o Golfinho-pintado-do-atlântico, Stenella frontalis
o Golfinho-rotador, Stenella longirostris
o Golfinho-clímene, Stenella clymene
o Golfinho-listrado, Stenella coeruleoalba
• Delphinus
o Delfim-comum, Delphinus delphis
o Golfinho-comum-de-bico-longo, Delphinus capensis
o Golfinho-comum-de-bico-muito-longo, Delphinus tropicalis
• Orcinus
o Orca (Baleia assassina), Orcinus orca
• Lagenorhynchus
o Golfinho-de-bico-branco, Lagenorhynchus albirostris
o Golfinho-de-laterais-brancas-do-Atlântico, Lagenorhynchus acutus
o Golfinho-de-laterais-brancas-do-Pacífico, Lagenorhynchus obliquidens
o Golfinho-do-crepúsculo, Lagenorhynchus obscurus
o Golfinho-de-peale, Lagenorhynchus australis
o Golfinho-ampulheta, Lagenorhynchus cruciger



"Pesca" de golfinhos


Em muitos locais do mundo os golfinhos são pescados, sendo o Japão um dos principais países onde esta pratica se mantém, embora os animais "pescados" neste país seja muitas vezes vendidos para outros países, principalmente China e EUA. O principal motivo desta pesca é para alimentação, como um substituído para a carne de baleia, quando estas começaram a se tornar raras. Porém muitos golfinhos e orcas também são capturados para se tornarem "atrações" em parques aquáticos, sendo que muitos pescas são organizadas para este fim. Porém, mesmo nestas pescas que procuram capturar animais vivos, muitos golfinhos acabam mortos ou feridos, devido as técnicas usadas na captura, além disso, os animais que não servem para se tornarem "atrações" nos parques, acabam sacrificados para serem vendidos como carne de baleia. E mesmo os que "sobrevivem" a pesca, não estão garantidos, pois muitos não se adaptam à vida em cativeiro e acabam adoecendo ou mesmo morrendo, além de que a maioria dos parques marinhos não tem condições de suprir todas as necessidades destes animais. Uma pesquisa realizada nos EUA também demonstrou que a longevidade destes animais decai muito em cativeiro. Para piorar a situação, a reprodução deles em cativeiro é quase impossível, o que torna a pesca de golfinhos "indispensável".

Espécies Escolhidas

Com esta nova teoria sintética da evolução é-nos mais fácil compreender a evolução das espécies que escolhemos para estudo. Tanto a nível morfológico (características do corpo – fisionomia) como a nível comportamental (comportamentos dos animais), que é exactamente o nosso objectivo saber quais as alterações, como se deram e que influência o meio (alterações climáticas por exemplo) teve no processo evolutivo dos animais que temos vindo a estudar.

As espécies que escolhemos como já referimos anteriormente são o Golfinho, o Cachalote, o Tubarão e a Lula Gigante.

Teoria do Neodarwinismo


• Encorpa conceitos sobre ideias essenciais de Darwin e noções actuais de genética;
• População como unidade evolutiva;
• Um agrupamento de populações naturais, potencialmente intercruzantes e reprodutivamente isoladas de outros grupos de organismos.
A Teoria da evolução teve várias fases, Lamarck, Darwin e actualmente o Neodarwinismo. Onde, embora o Neodarwinismo é a mais recente e a mais completa a nível genético, ainda há seguidores de Darwin e mesmo de Lamarck.

Teoria de Darwin


• Desenvolveu uma teoria evolutiva que é a base da moderna teoria sintética: a teoria da selecção natural;
• Os organismos mais adaptados ao meio têm maiores hipóteses de sobreviver do que os outros que são menos adaptados;
• Deixando um número maior de descendentes.
Exemplo: Um grupo girafas, só as que tinham o pescoço mais longo é que conseguiam chegar à copa das árvores, conseguindo se alimentar. Deixando para trás as de pescoço curto que não sobreviveram.

Teoria de Lamarck


• Jean Baptiste de Lamarck, no século XIX, desenvolveu uma teoria evolucionista, onde estabeleceu que as influências do meio ambiente são responsáveis por mudanças nos organismos e estas são herdadas pelos seus descendentes;
• As características adquiridas não são hereditárias;
• As alterações nas células não alteram as informações genéticas nas células germinativas.


Exemplo: Um grupo de girafas com o pescoço curto, com as tentativas sucessivas de chegar à copa das árvores em busca de alimento o seu pescoço esticou podendo se alimentar.
Esta teoria não é aceite porque apresenta um erro: as características adquiridas não são hereditárias pois as alterações nas células não alteram as informações genéticas nas células germinativas.

Evolução e Teorias Evolutivas

A Evolução é o processo através do qual ocorrem mudanças ou transformações nos seres vivos ao longo do tempo, dando origem a novas espécies. Este processo é lento e gradual.
Os fósseis proporcionam uma grande quantidade de informação a respeito dos mecanismos da evolução, são indícios de presença de organismos que viveram em tempos remotos da Terra. As partes duras do corpo dos organismos são as mais, frequentemente, conservadas, mas por vezes a parte mole do corpo é preservada. Os fósseis são considerados importantes testemunhos da evolução, pois dão-nos a possibilidade de conhecermos organismos que viveram na Terra em tempos passados, sob condições ambientais distintas das encontradas actualmente, e podem fornecer indícios de parentesco com as espécies actuais.
Também são considerados fósseis, impressões deixadas por organismos que viveram em eras passadas, como por exemplo, pegadas de animais extintos, impressões em folhas, etc.
Para podermos explicar a evolução dos seres vivos ao longo dos anos, é preciso estudar as teorias evolutivas: Teoria de Lamarck e a Teoria de Darwin.

Evolução da Vida

Antes de começarmos a estudar as espécies marinhas escolhidas, fizemos várias pesquisas sobre a “Evolução da Vida”. Achámos pertinente referirmos este tema, pois este é o conceito mais elementar e importante. Sem ele era impossível estabelecer relações entre os seres vivos e o ambiente.
“Apesar da Terra ter 4600 M.a., a vida apenas surge por volta dos 3800 M.a., após o arrefecimento e estabilização da crosta terrestre. A vida teve origem no mar. Após os organismos autotróficos se terem diversificado em ambientes marinhos ocorre a invasão do meio terrestre. Este novo ambiente proporcionou oportunidades mas também dificuldades. “
O aparecimento da vida na Terra foi precedido por um período de evolução química, por meio no qual moléculas orgânicas simples se agregaram gradualmente para formar macro-moléculas complexas, e posteriormente a primeira vida a partir disto. Os primeiros vestígios de vida foram os estromatóitos (camadas de sedimentos capturados e aglutinados pelas células procarióticas (seres com uma células e sem membrana nuclear) – bactérias e cianofícias). Estes acumularam-se uns em cima dos outros, à medida que eram soterrados pelas marés que provocavam mudanças à superfície terrestre.
Na época que estes primeiros organismos apareceram não havia nenhum oxigénio livre, como há agora, mas uma "atmosfera" composta de metano, gás carbónico, e hidrogénio. A atmosfera da Terra não era muito diferente da atmosfera presente em Vénus.
Os microorganismos deste período utilizaram metano ou hidrogénio no lugar do oxigénio no metabolismo, estes então eram organismos de metabolismo anaeróbico. Fermentação é um exemplo moderno de metabolismo anaeróbico.
Os primeiros organismos eram "heterótrofos", apenas tempos depois apareceram os organismo autótrofos. O que os autótrofos fizeram foi o maior milagre que o nosso mundo viu. Eles se alimentavam de luz solar e produziam oxigénio a partir da fotossíntese. Sem eles, a continuação de vida teria sido impossível, pois foram os principais responsáveis da mudança da composição atmosférica para a actual. Na época estes seres eram formas extremamente primitiva de algas, similar as Algas azuis-verdes modernas.
Os animas multicelulares apareceram pouco antes da explosão cambriana desaparecendo depois por completo. No final da explosão cambriana, os Trilobites substituíram as rochas Tommotianas, que surgiram no início da história da vida, e desapareceram logo.
A maioria das espécies surgiu após sofrer:
. Isolamento geográfico (separação física de sub populações de uma espécie);
. Diversificação genica (progressiva diferenciação do conjunto génio de sub populações isoladas);
. Isolamento reprodutivo (incapacidade de reprodução com os outros membros da mesma espécie).
A história da fauna contém muitas extinções e aparecimentos de novas espécies, isto devido a catástrofes. As extinções são lentas e graduais. As principias extinções que aconteceram ao longo da história terrestre foram:
. No final do Câmbrico 50% das famílias animais, incluindo trilobites;
. No final do Silúrico, 25% das famílias animais, incluindo organismos recifais
. No Carbonífero (aproximadamente 345 M.a.), 30% das famílias animais, incluindo peixes primitivos;
. A meio do Triássico (aproximadamente, 230 M.a.), 50% das famílias animais, incluindo 95% das espécies marinhas;
. No Jurássico (180 M.a.), 35% das famílias animais, incluindo muitas répteis;
. No final do Cretácico, dinossauros e 50% das espécies marinhas;
. No Neogénico (0.01 M.a.), grandes mamíferos e aves.
A maioria das extinções marca o final de um período ou era e dão origem a novas espécies.
A maior extinção deu-se a do meio do Triássico (aproximadamente 230 M.a.), onde 95% das espécies marinhas se extinguiram.



Principais extinções
Contudo, com estas pesquisas efectuadas, fizemos um diagrama sobre as principais extinções:
Estes são alguns dados que vão conter no nosso trabalho sobre as principais extinções dos seres vivos ao longo dos tempos, sendo que o principal objectivo será inclui-los no nosso friso cronologico. (são dados relevantes para o nosso estudo).
Podemos ver que a meio da Era do Triássico 95% das espécies marinhas se extinguinram.

Biodiversidade Marinha


A vida surgiu no mar há cerca de 3,5 biliões de anos e no mar encontramos ainda hoje as formas de vida mais diversificadas e incomuns. Desde as bactérias às baleias, raros são os grandes grupos de organismos que não têm algum representante marinho. De entre os animais, por exemplo, dos 33 filos reconhecidos, 15 são exclusivamente marinhos, como as equinodermas - grupo das estrelas-do-mar; 5 são predominantemente marinhos, como o grupo das esponjas ou dos corais e anémonas; 9 têm boa representatividade no mar; e 3 têm raras espécies marinhas. Em contraste, apenas 11 dos filos são terrestres, sendo apenas um exclusivo.


A diversidade de espécies tanto terrestres como marinhas e a própria diversidade dentro da mesma espécie, promovem a vida na Terra. Pois, quantas mais espécies existirem no planeta maior será a probabilidade de algumas resistirem a certas alterações climáticas, e o mesmo acontece para indivíduos da mesma espécie mas com alterações a nível do património genético.
Assim sendo, e como referimos anteriormente podemos encontrar milhões de espécies espalhadas por todo o mundo, as quais possuem características muito distintas entre si.
A vida surgiu na Terra e milhares de anos depois do seu surgimento começou a surgiu as mais diversas formas de vida que iriam posteriormente assegurar a vida na mesma. Formas de vida essas que era muito diferentes das que vemos hoje, muitas delas não existem e outras são recentes.
Poranto, temos de descobrir os processos que pelos quais a vida se modificou tanto ao longo dos anos. O que levou a que se modificassem. A isso chamamos Evolução.

Como surgiu e em que consiste o nosso trabalho?

A nossa escolha para o tema a explorar durante o presente ano lectivo no âmbito da disciplina de Área de Projecto, recaiu sobre a “Evolução dos Seres Vivos”, pois sendo um tema relacionado com a nossa área de estudo, considerámos que seria importante explorá-la. Assim, fizemos uma pesquisa em que recolhemos toda a informação possível sobre este tema, para posterior análise, com o objectivo de saber:
-“De que forma evoluíram as espécies marinhas ao longo do tempo?”
e
-“Qual a influência que o meio teve no seu processo evolutivo?”
Após a escolha do tema e feita a pesquisa temos como objectivo tentar responder às questões que apresentámos e que vai conter diversos subtemas sobre a evolução das espécies escolhidas (Tubarão, Golfinho, Cachalote e Lula Gigante). Subtemas estes focados na Biodiversidade marinha, Evolução das espécies escolhidas, Influência do meio sobre as mesmas, Poluição marinha e conservação de espécies.
Como componente prática iremos construir uma maqueta digital para a observação da potencialidade da evolução dos seres vivos escolhidos que iremos apresentar neste blog posteriormente, vamos também criar um friso cronológico com o propósito de aumentar o nosso conhecimento e a fisionomia das espécies marinhas no estudo desse mesmo friso cronológico.