O cachalote Physeter macrocephalus é a maior das baleias com dentes bem como o maior animal com dentes actualmente existente, medindo até 18 metros de comprimento. Esta baleia tem como característica distintiva o facto de possuir na cabeça uma substância cerosa de cor leitosa, o espermacete. A enorme cabeça e a forma distintiva do cachalote, bem como o seu papel na obra Moby Dick de Herman Melville, levaram muitos a descreverem o cachalote como o modelo de baleia por excelência. O cachalote foi caçado nas águas dos arquipélagos portugueses da Madeira e Açores até 1981 e 1984 respectivamente.
Anatomia e morfologia
O cachalote é excepcional pela sua grande cabeça, sobretudo nos machos, correspondendo tipicamente a um terço do comprimento total do animal. Um dos nomes dados a esta espécie (macrocephalus) deriva do termo grego para cabeça grande. Contrastando com a pele suave da maioria das restantes baleias, a pele do dorso do cachalote apresenta geralmente protuberâncias. Apesar da sua cor uniformemente cinzenta, podem parecer castanhos à luz solar e há registos de cachalotes albinos brancos. O cérebro do cachalote é o maior e mais pesado de entre os cérebros de todos os animais (modernos ou extintos) conhecidos, pesando em média aproximadamente 7 kg num macho adulto.
O espiráculo situa-se muito próximo da zona frontal da cabeça e descaído ligeiramente para a esquerda, o que faz com que o sopro seja um tanto ramificado e inclinado para a frente. O cachalote não possui uma verdadeira barbatana dorsal, mas sim uma série de altos na zona caudal do dorso. O maior deles era chamado bossa pelos baleeiros e é muitas vezes confundido com uma barbatana dorsal devido à sua forma. A barbatana caudal é triangular e muito grossa.
Os cachalotes têm de 17 a 29 pares de dentes com forma cónica na mandíbula inferior, cada um com 8 a 20 cm de comprimento, podendo atingir os 25 cm e os 500 gramas de peso.[1] Cada dente pode chegar a pesar 1 kg. Não existem certezas relativamente à razão da existência dos dentes, mas sabe-se que muitos machos de cachalote apresentam cicatrizes aparentemente causadas por dentes de outros machos. A mandíbula superior também apresenta dentes, mas estes raramente se encontram visíveis.
Os cachalotes encontram-se entre os cetáceos mais sexualmente dimórficos (isto é, machos e fêmeas são bastante diferentes). Os machos são tipicamente 30% a 50% mais compridos (14 a 18 metros) do que as fêmeas (12 a 14 metros) e são cerca de duas vezes mais pesados (50 000 kg versus 25 000 kg das fêmeas). No momento do nascimento tanto machos como fêmeas têm cerca de 4 metros de comprimento e um peso aproximado de 1 000 kg.
Em consequência da intensidade da caça a que foram sujeitos ao longo de muitos anos, o tamanho dos cachalotes diminuiu significativamente, sobretudo porque os machos maiores foram mortos primeiro e de modo mais intenso, pois tinham mais espermacete (o óleo de espermacete era bastante valioso nos séculos XVIII e XIX - ver abaixo). Num museu de Nantucket, Rhode Island, existe uma mandíbula de um cachalote com 5,5 metros de comprimento. A mandíbula constitui cerca de 20 a 25% de comprimento total do cachalote. Assim, a baleia a que pertencia esta mandíbula pode ter medido 28 metros de comprimento, pesando cerca de 150 toneladas. Uma outra evidência do maior tamanho dos machos de cachalote no passado encontra-se no museu de New Bedford, Massachusetts. Trata-se de uma outra mandíbula de um cachalote macho com 5,2 metros de comprimento, que corresponderia a um animal de cerca de 25,6 metros de comprimento e um peso próximo das 125 toneladas. Além destas duas evidências, livros de registos encontrados naqueles dois museus estão cheios de referências a machos que tinham, considerando a quantidade de óleo deles obtida, aproximadamente o mesmo tamanho que os dois exemplares antes descritos. Actualmente os cachalotes geralmente não excedem os 18 metros de comprimento e as 52 toneladas de peso. Os maiores cachalotes observados actualmente são de tamanho comparável ao da baleia-comum (e menores que a baleia azul), o que torna o cachalote a segunda ou terceira maior espécie animal viva.
O cachalote é o exemplo típico de uma espécie que se crê ter-se desenvolvido sob condições ambientais muito estáveis. Esta evolução relativamente "fácil" conduziu a uma taxa de natalidade baixa, maturação lenta e grande longevidade. As fêmeas dão à luz uma vez cada quatro a seis anos, com um período de gestação de pelo menos 12 meses podendo atingir mesmo os 18 meses. As crias são amamentadas durante dois ou três anos. Nos machos, a puberdade dura cerca de dez anos entre as idades de 10 e 20 anos. Os machos mantêm-se em crescimento até cerca dos 50 anos de idade, altura em que atingem o seu tamanho máximo. Os cachalotes podem viver cerca de 80 anos.
O espiráculo situa-se muito próximo da zona frontal da cabeça e descaído ligeiramente para a esquerda, o que faz com que o sopro seja um tanto ramificado e inclinado para a frente. O cachalote não possui uma verdadeira barbatana dorsal, mas sim uma série de altos na zona caudal do dorso. O maior deles era chamado bossa pelos baleeiros e é muitas vezes confundido com uma barbatana dorsal devido à sua forma. A barbatana caudal é triangular e muito grossa.
Os cachalotes têm de 17 a 29 pares de dentes com forma cónica na mandíbula inferior, cada um com 8 a 20 cm de comprimento, podendo atingir os 25 cm e os 500 gramas de peso.[1] Cada dente pode chegar a pesar 1 kg. Não existem certezas relativamente à razão da existência dos dentes, mas sabe-se que muitos machos de cachalote apresentam cicatrizes aparentemente causadas por dentes de outros machos. A mandíbula superior também apresenta dentes, mas estes raramente se encontram visíveis.
Os cachalotes encontram-se entre os cetáceos mais sexualmente dimórficos (isto é, machos e fêmeas são bastante diferentes). Os machos são tipicamente 30% a 50% mais compridos (14 a 18 metros) do que as fêmeas (12 a 14 metros) e são cerca de duas vezes mais pesados (50 000 kg versus 25 000 kg das fêmeas). No momento do nascimento tanto machos como fêmeas têm cerca de 4 metros de comprimento e um peso aproximado de 1 000 kg.
Em consequência da intensidade da caça a que foram sujeitos ao longo de muitos anos, o tamanho dos cachalotes diminuiu significativamente, sobretudo porque os machos maiores foram mortos primeiro e de modo mais intenso, pois tinham mais espermacete (o óleo de espermacete era bastante valioso nos séculos XVIII e XIX - ver abaixo). Num museu de Nantucket, Rhode Island, existe uma mandíbula de um cachalote com 5,5 metros de comprimento. A mandíbula constitui cerca de 20 a 25% de comprimento total do cachalote. Assim, a baleia a que pertencia esta mandíbula pode ter medido 28 metros de comprimento, pesando cerca de 150 toneladas. Uma outra evidência do maior tamanho dos machos de cachalote no passado encontra-se no museu de New Bedford, Massachusetts. Trata-se de uma outra mandíbula de um cachalote macho com 5,2 metros de comprimento, que corresponderia a um animal de cerca de 25,6 metros de comprimento e um peso próximo das 125 toneladas. Além destas duas evidências, livros de registos encontrados naqueles dois museus estão cheios de referências a machos que tinham, considerando a quantidade de óleo deles obtida, aproximadamente o mesmo tamanho que os dois exemplares antes descritos. Actualmente os cachalotes geralmente não excedem os 18 metros de comprimento e as 52 toneladas de peso. Os maiores cachalotes observados actualmente são de tamanho comparável ao da baleia-comum (e menores que a baleia azul), o que torna o cachalote a segunda ou terceira maior espécie animal viva.
O cachalote é o exemplo típico de uma espécie que se crê ter-se desenvolvido sob condições ambientais muito estáveis. Esta evolução relativamente "fácil" conduziu a uma taxa de natalidade baixa, maturação lenta e grande longevidade. As fêmeas dão à luz uma vez cada quatro a seis anos, com um período de gestação de pelo menos 12 meses podendo atingir mesmo os 18 meses. As crias são amamentadas durante dois ou três anos. Nos machos, a puberdade dura cerca de dez anos entre as idades de 10 e 20 anos. Os machos mantêm-se em crescimento até cerca dos 50 anos de idade, altura em que atingem o seu tamanho máximo. Os cachalotes podem viver cerca de 80 anos.
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